Report by Damián Quevedo, Convergencia Socialista (RCIT Section in Argentina), 04.04.2024, https://convergenciadecombate.blogspot.com
March 24 is a date of utmost political importance in Argentina, it is the date on which the last dictatorship is remembered and repudiated. On that day there are always demonstrations and mobilizations throughout the country. However, this year, March 24 had particular characteristics because it occurred in the midst of the terrible adjustment carried out by the right-wing populist government of Javier Milei.
On this day, hundreds of thousands of people demonstrated throughout the country, something which has not happened for years. They were marching not only in repudiation of the last dictatorship but against the economic policy of the current government.
The main demonstrations were called in the Plaza de Mayo in Buenos Aires, which is located in front of the government house. Formally, there were two demonstrations – one organised by Peronist forces and the other by the left. However, because of the huge participation of the masses both demonstrations mixed and became a sea of people who had come to, first and foremost, to repudiate the government.
This clearly demonstrates that the Argentine government suffers from astonishing an astonishing weakness. It is going through a chronic political crisis since it took office because in less than four months it suffered defeats in all its initiatives, two in parliament with the fall of the bill that intended a structural reform, the presidential decree that sought to grant Milei extraordinary powers and the repressive protocol of the Minister of Security, Patricia Bullrich.
These failures were accompanied by an enormous fragmentation among the bosses' parties, among the governors who confronted the national government and who voted against it in parliament, not because they have differences with Milei's program, but because the crisis is so great that the adjustment also reaches them and hits even a fraction of the local bourgeoisie.
The weakness of the Argentine government is also seen by Yankee imperialism, which sent none other than the head of the CIA and the general in charge of the southern command of the US army – the department which deals with Latin America – to guarantee the political and commercial relations with the Argentine government and to fundamentally make it clear that it must break all ties with China.
This puts Argentina in a more complicated situation, because in addition to the internal crisis it is going through, it becomes a loot and area of dispute in the trade war between the US and China.
In this context, the left and the workers must promote, not only the struggle against the government, but also a strategic struggle to break ties with all imperialist powers, East and West.
Por Damián Quevedo, Convergencia Socialista (sección argentina de la CCRI), 04.04.2024, https://convergenciadecombate.blogspot.com
El 24 de marzo es una fecha de suma importancia política en Argentina, es la fecha en la que se recuerda y repudia, la última dictadura. Ese día hay demostraciones y movilizaciones en todo el país, pero este pasado 24 de marzo, tuvo características particulares porque se dio en medio del terrible ajuste que lleva adelante el gobierno populista de derecha, de Javier Milei.
En esta jornada se movilizaron en todo el país, cientos de miles de personas, como no sucedía hace años, no solo en repudio a la última dictadura sino contra la política económica del actual gobierno.
Las manifestaciones principales fueron convocadas en la Plaza de Mayo, que se encuentra frente a la casa de gobierno, una por el peronismo y otra por la izquierda, aunque la enorme masividad hizo que ambas convocatorias se mezclaran en un mar de gente que fue principalmente, a repudiar al gobierno.
Esto demuestra claramente que el gobierno argentino sufre una debilidad pasmosa, atravesando una crisis política crónica desde que asumió, ya que en menos de cuatro meses sufrió derrotas en todas sus iniciativas, dos en el parlamento con la caída del proyecto de ley que pretendía una reforma estructural, el decreto presidencial que buscaba otorgarle a Milei poderes extraordinarios y el protocolo represivo de la ministra de seguridad, Patricia Bullrich.
Estos fracasos fueron acompañados por una enorme fragmentación entre los partidos patronales, entre los gobernadores que se enfrentaron al gobierno nacional y que votan contra este el el parlamento, no porque tengan diferencias con el programa de Milei, sino porque la crisis es tan grande que el ajuste también los alcanza y golpea incluso a una fracción de la burguesía local.
La debilidad del gobierno argentino es vista también por el imperialismo yanqui, que envió nada más ni nada menos que al jefe de la CIA y a la general a cargo del comando sur del ejército de EEUU, el sector que se ocupa de Latinoamérica, para garantizar las relaciones políticas y comerciales con el gobierno Argentino y fundamentalmente, dejar en claro que este debe romper todo vínculo con China.
Esto pone a Argentina en una situación más complicada, porque además de la crisis interna que atraviesa, se convierte en botín y zona de disputa en la guerra comercial entre EEUU y China.
En este contexto la izquierda y los trabajadores debemos impulsar, no solo la lucha contra el gobierno, sino una lucha estratégica para romper los lazos con todas las potencias imperialistas, de oriente y Occidente.
Por Damián Quevedo, Convergencia Socialista (Secção da CCRI/RCIT na Argentina), 04.04.2024, https://convergenciadecombate.blogspot.com
O dia 24 de março é uma data de extrema importância política na Argentina, é a data em que a última ditadura é lembrada e repudiada. Nesse dia há sempre manifestações e mobilizações em todo o país. No entanto, este ano, o 24 de março teve características particulares porque ocorreu em meio ao terrível ajuste econômico realizado pelo governo populista de direita de Javier Milei.
Neste dia, centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em todo o país, o que não acontecia há anos. Marcharam não só em repúdio à última ditadura, mas também contra a política econômica do atual governo.
As principais manifestações foram convocadas para a Plaza de Mayo de Buenos Aires, situada em frente à sede do governo. Formalmente, houve duas manifestações - uma organizada pelas forças peronistas e a outra pela esquerda. No entanto, devido à enorme participação das massas, as duas manifestações misturaram-se e transformaram-se num mar de pessoas que vieram, acima de tudo, para repudiar o governo.
Isto demonstra claramente que o governo argentino sofre de uma fraqueza espantosa. Está a atravessar uma crise política crónica desde que tomou posse, pois em menos de quatro meses sofreu derrotas em todas as suas iniciativas, duas no parlamento com a queda do projeto de lei que pretendia uma reforma estrutural, o decreto presidencial que pretendia conceder poderes extraordinários a Milei e o protocolo repressivo da Ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Estes fracassos foram acompanhados por uma enorme fragmentação entre os partidos patronais, entre os governadores que enfrentaram o governo nacional e que votaram contra ele no parlamento, não porque tenham diferenças com o programa de Milei, mas porque a crise é tão grande que o ajustamento também os atinge e atinge mesmo uma fração da burguesia local.
A debilidade do governo argentino também é percebida pelo imperialismo ianque, que enviou ninguém menos que o chefe da CIA e o general encarregado do comando sul do exército dos EUA - o departamento que se ocupa da América Latina - para garantir as relações políticas e comerciais com o governo argentino e para deixar fundamentalmente claro que este deve romper todos os laços com a China.
Isto coloca a Argentina numa situação mais complicada, pois para além da crise interna que está a atravessar, torna-se um butim e uma área de disputa na guerra comercial entre os EUA e a China.
Neste contexto, a esquerda e os trabalhadores devem promover, não só a luta contra o governo, mas também uma luta estratégica para romper os laços com todas as potências imperialistas, orientais e ocidentais.