Yossi Schwartz, da seção ISL da Corrente Comunista Internacional Revolucionária, CCRI/RCIT, em Israel/Palestina Ocupada, 11.05.2023 https://the-isleague.com/

15 palestinos, incluindo quatro crianças, foram mortos por ataques de mísseis sionistas em Gaza durante a noite entre segunda e terça-feira, 8 e 9 de maio. 40 aeronaves militares israelenses, incluindo drones, realizaram uma série de ataques matinais em Gaza, matando, entre eles, três membros do movimento palestino Jihad Islâmica, assim como suas esposas, várias crianças e outros civis. [1]

Os militares israelenses disseram que estavam cientes dos danos "colaterais" causados por sua operação para matar três membros da PIJ (Jihad Islâmica). "Era um prédio residencial civil", disse al-Rabai, uma testemunha ocular, em frente ao prédio de seis andares bombardeado. "Os mísseis israelenses atingiram o quarto, o quinto e o sexto andares, que foram parcialmente destruídos. Civis, mulheres e crianças vivem nesses apartamentos."[2]

Sem aviso prévio, disse al-Rabai, "[a] ocupação israelense pretendia destruir e matar as pessoas que estavam no prédio... 20 pessoas também ficaram feridas, algumas em estado crítico, em ataques aéreos israelenses que incendiaram prédios residenciais no centro da Cidade de Gaza e reduziram outros a escombros". Após as orações do dhuhr (meio-dia), milhares de pessoas em luto fizeram uma procissão fúnebre pelo coração da Cidade de Gaza, começando na Mesquita Omari, onde cantaram enquanto erguiam os corpos das vítimas, jurando vingança pelo "grande crime" cometido. [3]

No dia seguinte, açougueiros uniformizados mataram dois palestinos, Ahmad Jamal Assaf, 19 anos, e Warani Walid Qatanat, 24 anos, que foram baleados por soldados israelenses na cidade de Qabatiya, ao sul de Jenin, informou a agência de notícias palestina WAFA na quarta-feira. Os dois se aproximaram enquanto dirigiam um carro. Matar palestinos se tornou um jogo divertido para os criminosos de guerra.

Em uma declaração forjada, o exército sionista afirmou que o falecido havia disparado contra os soldados de um veículo e foi morto por à tiros em resposta. Um fuzil de assalto M-16 e uma pistola foram encontrados na cena do crime, afirmou o exército.

Pelo menos 123 palestinos foram mortos por forças de guerra criminosas até agora neste ano, de acordo com informes dos palestinos. Dezenove soldados sionistas e colonos nas terras ocupadas em 1967 também foram mortos durante o mesmo período. Não temos lágrimas por eles. Os ataques em Tofah aparentemente tinham como alvo Khalil al-Bahtini, 44 anos, membro do PIJ, que foi morto junto com sua esposa e sua filha de cinco anos. Dania e Iman foram "danos colaterais".

"Dania estava se preparando para o casamento em poucos dias, e Iman estava triste porque sua irmã estava prestes a deixar a casa da família", disse Adass, apontando para o noivo de Dania, que chorava silenciosamente perto do corpo dela. Ele não conseguia falar. "Agora, as irmãs estão juntas para sempre, que grande angústia e choque." [4]

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas está programado para realizar uma sessão de emergência a portas fechadas sobre Gaza na tarde de quarta-feira em Nova York, no que será sua nona reunião este ano sobre o conflito israelense-palestino." [5] Podemos esperar desses hipócritas o mesmo resultado da reunião anterior do conselho, ou seja, nada. Afinal de contas, a ONU é controlada pelos imperialistas.

Como de costume, a Casa Branca está encobrindo os crimes dos criminosos de guerra sionistas: "A Casa Branca disse na terça-feira que estava monitorando de perto os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza que mataram três líderes militantes palestinos, e que estava ciente de relatos de que 10 civis foram "tragicamente mortos" nos ataques. "Apelamos a todas as partes para que a situação diminua", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

"Israel tem o direito de proteger a si mesmo e a seu povo contra ataques indiscriminados de foguetes por grupos terroristas", acrescentou. [6] Sim, o mesmo direito que os colonos americanos tinham de matar os nativos americanos, roubar suas terras e escravizar os negros. Como disse Biden, "temos os mesmos valores que Israel".

Não há dúvida de que Netanyahu ordenou o massacre para fazer as pazes com o nacionalista extremista Ben Gvir. Entretanto, ele não é o único criminoso de guerra. "O líder da oposição, Lapid, elogiou a operação militar em Gaza na terça-feira, declarando: "Eu apoio totalmente as forças de segurança israelenses na operação contra a Jihad Islâmica em Gaza". Gantz saudou a recente ação na Faixa de Gaza e expressou sua esperança de que o governo continue a agir com determinação e responsabilidade em operações futuras." [7]

Portanto, não há direita ou esquerda entre os sionistas quando se trata de massacrar os palestinos nativos. Abaixo o estado dos carniceiros! Por uma Palestina vermelha e democrática do rio ao mar!

[1] https://www.aljazeera.com/news/2023/5/10/two-palestinians-reported-killed-by-israeli-forces-in-west-bank

[2] https://www.aljazeera.com/news/2023/5/9/sadness-ira-in-palestine-gaza-mourns-13-killed-in-israel-raid

[3] Ibid.

[4] Ibid.

[5] https://www.jpost.com/arab-israeli-conflict/live-updates-742478

[6] Ibid.

[7] https://www.ynetnews.com/article/rj6e11dvvh

Outra Grande Piada

Yossi Schwartz da ISL, da seção da CCRI/RCIT em Israel/Occupied Palestine, 20.06.2022

Fomos informados que Israel aderiu a um bloco de 47 países que denunciou a prisão forçada de muçulmanos uyghur pela China no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas-CDH na terça-feira.

"É o segundo ano consecutivo que Israel assina tal declaração. No ano passado, a iniciativa de destacar as violações dos direitos humanos na China foi liderada pelo Canadá, com o apoio dos Estados Unidos e de muitos países europeus. Este ano ela foi liderada pela Holanda.

No CDH de terça-feira, numerosos relatórios amplamente pesquisados e confiáveis indicam que mais de um milhão de pessoas foram detidas arbitrariamente.

O embaixador holandês Paul Bekkers leu a declaração durante o segundo dia da 50ª sessão da CDH em Genebra. A declaração de Bekkers falou do tratamento abusivo Aos muçulmanos uyghur, mas não mencionou a palavra genocídio.

Alvin Botes, vice-ministro holandês, fez uma declaração nacional no Painel Anual de Alto Nível sobre Direitos Humanos sob o tema "Trinta anos de implementação da Convenção sobre os Direitos da Criança: desafios e oportunidades", no CDHNU, Genebra.

Houve outros relatos de vigilância generalizada contínua, discriminação contra Uyghurs e outras pessoas pertencentes a minorias, assim como de severas restrições à cultura Uyghur e ao exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais, incluindo o direito à liberdade de religião ou crença.

Bekkers instou a China a cumprir a lei internacional e a ratificar o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Ele também exortou todos os países a não forçar as pessoas em risco a voltar à China". [i]

Assim, no ano passado, foi o Canadá que liderou a campanha contra a China. O mesmo Canadá que é bem conhecido pelo seu tratamento desumano contra os nativos indígenas. Este ano, é holandês que com sua colonização causou estragos desde a Ásia até a África. A colonização holandesa é conhecida pelos milhares de escravos que os holandeses colonizaram em muitas partes do mundo - da América para a Ásia e da África para a América do Sul; eles também ocuparam muitos países africanos durante anos.

Homens e mulheres livres foram seqüestrados e depois vendidos para mercados na Europa e América. A partir do século 17, os holandeses começaram a colonizar muitas partes da África, incluindo a Costa do Marfim, Gana, África do Sul, Angola, Namíbia e Senegal. Os holandeses exploravam os recursos naturais, bem como os recursos humanos nos países africanos. Pessoas foram massacradas e muitas foram raptadas para serem usadas como escravas na América e na Europa.

Makaziwe Mandela, filha de Nelson Mandela, disse à Agência Anadolu, nossos ancestrais viveram sem problemas até que os ingleses e os holandeses chegaram a esta parte do mundo. Mandela disse: "Nossos antepassados que vivem na África do Sul foram expulsos daqui quando as minas no continente foram descobertas". Os holandeses também realizaram massacres para escravizar a tribo Khoikhoi na Cidade do Cabo em 1659 e 1673 e entre 1674 e 1677. Os massacres do povo Khoikhoi pelos holandeses são os mais conhecidos dos vestígios coloniais holandeses na África" [ii]

Mas isto foi no passado e os holandeses mudaram, dirão alguns apologistas. Sério? Os magníficos retratos completos de Rembrandt de Oopjen Coppit e seu marido Marten Soolmans são dois dos bens mais preciosos do Rijksmuseum em Amsterdã - o prestigioso museu nacional de artes e história da Holanda. Vestidos com finura elaborada e pintados de uma forma que só os mais ricos poderiam pagar, o casal é a encarnação da era da prosperidade econômica e do florescimento artístico comumente chamado de "Era de Ouro Holandês". Mas aprofunde-se e estes retratos também contam uma história mais complexa e perturbadora, pois Solmans derivou sua riqueza do refino de açúcar produzido por uma força de trabalho escrava em plantações no Brasil. Basta olhar para os desfiles anuais do Dia de São Nicolau, onde homens e mulheres brancos aparecem de cara negra como Zwarte Piet (Pedo Negro). Segundo Van Stipriann, durante décadas os holandeses se convenceram de que "não podemos ser racistas porque somos tolerantes... é só uma piada, é nossa tradição". Para ter certeza de que você só tem que se perguntar, os holandeses pagaram indenização às suas vítimas?

E Israel, o país mais racista do mundo e o último Estado do apartheid, tem o cinismo de condenar a China pelos mesmos crimes que comete.

O verdadeiro perigo neste jogo cínico é que ele está levando à Terceira Guerra Mundial!

Para que a humanidade sobreviva, todos os Estados imperialistas devem morrer!

Notas finais:

[i] https://www.jpost.com/israel-news/article-709426

[ii] https://www.aa.com.tr/en/africa/dutch-colonization-wreaked-havoc-from-asia-to-africa/1075570#:~:text=From%20the%2017th%20century%20onwards,African%20continent%20from%20West%20Africa