É hora que romper com um Método Errado

Carta aberta da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI) aos membros do Comitê de Ligação dos Comunistas (LCC), julho de 2015. www.thecommunists.net

 

Nós lhes enviamos esta carta porque achamos que sua última polêmica reflete uma perigosa degeneração da LCC como sendo sectária no sentido marxista. (1) no sentido sectário nós não acusamos a LCC pelo seu tamanho menor. O que nós queremos caracterizar é sobre a sua degeneração política-teórica propagandista abstrata, uma inabilidade política em encontrar uma orientação nos atuais agudos eventos da luta de classes internacional e sua complacência com a inabilidade orgânica em recrutar a classe trabalhadora e jovens engajados na luta de classes.

Se fizermos um balanço dos últimos anos a LCC falhou nesse período todo em atrair trabalhadores militantes e jovens nas lutas de classe. A LCC falhou em ganhar ativistas tanto nos três países onde possui grupos quanto na construção de novos países. E, camaradas, nós não estamos vivendo “dias de cão” (como nos idos de 1990 após o colapso da URSS) mas um período em que testemunhamos a Revolução Árabe assim como numerosos movimentos de massa contra o poder das corporações e da falta de democracia.

Com relação a isso, a LCC nem mesmo conseguiu superar sua existência federalista como frouxa aliança sem um programa internacional e sem um centralismo democrático internacional.

Esta estagnação organizacional anda lado a lado com uma regressão política. Nós do CCRI (RCIT) estivemos em contato próximo de vocês a partir de 2011 quando ambos reconhecemos que vocês chegaram de forma independente de nós às mesmas conclusões que temos com relação ao surgimento de China e Rússia como potências imperialistas.  Da mesma forma, nós fortemente apreciamos o momento em que vocês tiveram a mesma posição que nós temos com a Revolução Revolução Árabe em 2011 assim como os levantamentos de agosto de 2011 na Bretanha. Por estas razões nós nos aproximamos de vocês naquela época e propusemos a abertura de um período de debates programáticos e colaboração com vistas a testar a possibilidade de uma base para uma fusão entre nossas organizações.

Muito lamentamos em reconhecer que as lideranças do LCC não somente rejeitaram nossa proposta, mas ainda mais, começaram a justificar o porquê não o fizeram. Como resultado, em vez de superar os erros do passado (ou seja, o federalismo em vez do centralismo democrático internacional, a ignorância nas questões democráticas, como demonstrou a CWG (Nova Zelândia) tanto na Rússia em agosto de 1991 quanto na guerra de liberação na Bósnia em 1992-1995), as lideranças do LCC tropeçaram em uma postura neo-bordegista de ultra-esquerda. (O bordegismo é uma tendência política fundada por Amadeu Bordiga, um revolucionário italiano que se orientou para a extrema-esquerda. Ele mesmo se caracterizou como “anti-democrático”, rejeitou a frente única e recusou-se a defender os direitos democráticos. O fascismo italiano lhe permitiu continuar seu discurso apolítico durante a ditadura.)

Embora nós discordemos das posições das lideranças do LCC com relação aos eventos na Iugoslávia e quanto ao golpe estalinista em 1991, nós achamos que os revolucionários sérios devem primeiro ter acordos com as mais importantes tarefas atuais e colocar em segundo plano questões históricas. Isto também foi a compreensão de Lenin e Trotsky quando juntaram suas forças no verão de 1917.

A errônea compreensão do método marxista foi demonstrada claramente pela falha do LCC em reconhecer o golpe militar do Egito em 03 de julho de 2013 como uma derrota contra-revolucionária. (3) pelo contrário, os líderes do LCC até mesmo viram o golpe como um “avanço da revolução”.  Seus líderes estavam tão cegos que até mesmo negaram a existência de uma derrota! Da mesma forma que os ultra-esquerdista estalinistas declararam após a conquista do poder por Hitler em 1933, a LCC fantasiou: “ Nós achamos que por esse fato vocês realmente acham que o golpe é uma derrota para a Revolução no Egito e por causa da importância do Egito no MENA(Oriente Médio e Norte de África), como um recuo na Revolução Árabe.  Eis onde nossa maior diferença se situa. Nós evitamos usar o termo “! Golpe” para descrever a tomada de poder pelo exército (...) nós vemos o aparente “golpe” como somente um aspecto do avanço da Revolução no Egito e no MENA (...) na prática dizendo que o movimento está em refluxo então a luta por uma ARC (Assembleia Revolucionária Constituinte) é a principal tarefa de hoje. O equilíbrio das forças de classe avança para revolução sobre a contra-revolução ou não? ” (4)

Os líderes do LCC repetiram o mesmo absurdo ultra-esquerdista no caso do golpe militar de estado na Tailândia em maio de 2014. (5)  . É humano cometer erros e enganos. Revolucionários são apenas humanos, mas é necessário aprender dos nossos erros e não mudar a realidade para que nossos erros se encaixem. Tal atitude é o único caminho que mantém a degeneração distante da organização. Nós tememos que a liderança do LCC não possui tal sério cuidado.

Em sua última polêmica contra o RCIT os líderes do LCC teorizaram sua ultra-esquerdista posição Bordegista num nível mais geral. Eles nos questionam retoricamente” O RCIT está dizendo que tais “pseudo-democráticas” concessões obrigariam os revolucionários a “defender a democracia burguesa” na república de Weimar contra os fascistas? ” E eles afirmam categoricamente: “Nós não daríamos apoio a um governo de trabalhadores contra o fascismo na Alemanha”.

Isto é simplesmente um distanciamento  dos líderes do LCC dos princípios básicos do leninismo e trotskismo! Marx sempre teve a posição que teria que se defender a podre democracia burguesa assim como um governo de trabalhadores (incluindo um do tipo reformista) contra o fascismo. Por quê?  Porque a democracia burguesa- apesar do fato de que em essência ela representa, assim como o fascismo, a ditadura de classe capitalista- fornece melhores condições para a classe operária se organizar para lutar por um futuro socialista. Os líderes do LCC obviamente rejeitam esta posição. Isto demonstra o quão grande se tornou a distância entre eles e os marxistas.

O RCIT se coloca orgulhosamente na tradição de Lenin e Trotsky. Trotsky explicou bem aos ultra-esquerdista estalinistas para quem a democracia burguesa e o fascismo eram a mesma coisa:

“Não existe distinção de classe entre democracia e fascismo. Obviamente isto significa que tanto a democracia quanto o fascismo possuem um caráter burguês. Nós analisamos dessa maneira mesmo antes de janeiro de 1932. A classe dominante, no entanto, não habita em um vazio. Ela se posiciona em posições definidas com outras classes. Em uma sociedade capitalista desenvolvida, durante um regime democrático, a burguesia se inclina a buscar apoio primeiramente na classe trabalhadora, que é colocada em cheque pelos reformistas. Em sua forma mais acabada, este sistema encontra sua expressão na Bretanha tanto durante a administração do governo trabalhista quanto durante a administração dos conservadores. Em um regime fascista, pelo menos na sua primeira fase, o capital se inclina pela pequena-burguesia, que destrói as organizações do proletariado. Itália, por exemplo! Existe diferença de “conteúdo de classe” desses dois regimes? Se a questão for colocada somente com relação à classe dominante, então não há diferença. Se tomarmos em consideração a posição e a inter-relação de todas as classes, pelo ponto de vista do proletariado, então a diferença parece ser deveras enorme.

No decorrer de muitas décadas, os trabalhadores se construíram com a democracia burguesa, utilizando a democracia burguesa, e ao mesmo tempo lutando contra ela, tendo seus próprios redutos e bases da democracia proletária: os sindicatos, os partidos políticos, os clubes educacionais e de esportes, as cooperativas, etc.  O proletariado não pode alcançar o poder dentro dos limites da democracia burguesa, mas pode fazê-lo somente tomando o rumo da revolução:  isto foi provado através da teoria e da prática. E estes baluartes de democracia aos trabalhadores dentro do estado burguês são absolutamente essenciais para seguir a estrada revolucionária. A tarefa da Segunda Internacional consistiu na criação de tais baluartes apenas durante a época em que ela ainda estava cumprindo seu trabalho histórico progressivo.

O fascismo pela sua básica e única tarefa é destruir desde os  alicerces todas as instituições da democracia proletária. Isto tem algum “sentido de classe “para o proletariado, ou não? Que se preocupem sobre este problema os grandes teóricos. Após haver caracterizado o regime como burguês- o que é indiscutível-  Werner Hirsch, igual a seus mestres, esqueceu um detalhe: o lugar do proletariado neste regime. Eles substituem o processo histórico por uma abstração sociológica estéril. Mas a luta de classes se desenvolve no terreno da história e não na estratosfera da sociologia. O ponto de partida da luta contra o fascismo não é a abstração do estado democrático, são as organizações vivas do proletariado, em que estão concentradas toda a suas experiências e que fazem a preparação para o futuro.

Discutindo a Guerra civil na Espanha onde o governo da Frente popular e os fascistas golpistas conspiradores lutavam entre si, Trotsky elaborou o seguinte em 1937:

“Antes de 1934 nos esforçamos várias vezes em explicar aos estalinistas que, inclusive durante a etapa imperialista, a democracia burguesa conserva suas vantagens sobre o fascismo, que sempre que um e outro se choquem violentamente é necessário apoiar a democracia contra o fascismo. No entanto, acrescentamos: podemos e devemos defender a democracia burguesa não com os métodos dela, mas com os métodos da luta de classes, ou seja, com métodos que preparam a derrubada da democracia burguesa por meio da ditadura do proletariado. Isto significa que, no processo de defesa da democracia burguesa, inclusive de armas nas mãos, o partido do proletariado não deve assumir nenhuma responsabilidade com a democracia burguesa, não deve entrar em seu governo, mas deve conservar plena liberdade crítica, liberdade de ação, em comparação com o partido da Frente Popular, preparando o passo além da democracia burguesa para a etapa seguinte”(7)

Camaradas do LCC, nós não acreditamos que vocês compartilham da rejeição da posição trotskista em defesa da democracia burguesa contra o fascismo por parte dos líderes da LCC! Nós chamamos a vocês a romper com tal perigosa posição, a qual somente vai desorientar os trabalhadores socialistas e a juventude!

Nós podemos imaginar os líderes do LCC acomodados na Nova Zelândia e na Costa Oeste estadunidense ignorando a pequena diferença entre a democracia burguesa e o fascismo. De fato, estes países há mais de 150 anos possuem democracia burguesa. Mas nossos camaradas no Brasil, Paquistão, Tunísia ou no Iêmen, assim como, como os socialistas que vivem em países com atuais ou recente experiência com ditaduras podem dizer a eles que existe uma muito importante diferença entre democracia burguesa e fascismo. Somente pessoas que não têm nenhuma conexão com a realidade da luta de classes podem ignorar essa diferença e recusar-se a defender a democracia burguesa contra o fascismo!

Imagine que os revolucionários do Chile tivessem compartilhado o ponto de vista dos líderes do LCC. Eles teriam se isolado das lutas das massas que tinham enormes ilusões na Frente Popular. E depois do golpe eles sentiriam na própria pele que existe uma enorme diferença entre um fraco governo burguês sob pressão das massas e uma forte ditadura militar, a qual estará apta a lançar esquadrões da morte. Ou camaradas do Zimbabwe, vocês realmente acreditam que não há diferença entre a Frente Popular de Mugabe e a explícita ditadura dos colonos brancos e do imperialismo?  Ou vocês acreditam que o papel da Frente Popular no Brasil não representa nenhuma conquista que foram feitas pela via das lutas das massas em comparação com os “anos de chumbo” (apelido dos anos mais violentos da ditadura militar).

Camaradas, esta última confusão dos líderes do LCC reflete o aprofundamento de sua existência como um setor sem nenhuma atividade entre as lutas das massas, fortalecendo a degeneração política do grupo.

Mas este rumo não é nem necessário nem inevitável. O RCIT já provou na prática nos últimos anos que o centralismo democrático internacional é altamente vantajoso para construir organizações. Isso nos ajudou a combinar um alto nível de propaganda marxista (pois como devem saber nós produzimos um jornal mensal internacional assim como livros teóricos) com atividades regulares na luta de classes.  A propaganda revolucionária e trabalho exemplares com as massas complementam-se e, como resultado o RCIT foi capaz de ganhar militantes tanto nos países onde já existia, assim como em novos países. Estamos bem cientes que somos ainda uma organização pequena e não vemos razão para auto-satisfação. Mas nós provamos que o centralismo democrático internacional, os avanços teóricos, as propagandas regulares e as ações de massas exemplares com os trabalhadores não são somente possíveis no atual período político, mas também uma alta vantagem pelo crescimento e pela construção de organizações pré-partidos revolucionários.

Camaradas do LCC, nossas portas estão abertas todos os trabalhadores honestos e revolucionários. Nós chamamos a vocês a romperem com os métodos apodrecidos de seus líderes e entrarem em sérias discussões com o RCIT no sentido de encontrar uma aproximação comum para construir uma organização bolchevique internacional.  Vamos encontrar juntos uma maneira de seguir adiante na luta de classes. Nós não temos uma margem muito grande de tempo pois as forças da reação estão se tornando mais fortes, a luta de classes está se intensificando e a necessidade de uma liderança revolucionária se torna urgentemente importante. Cada minuto que se passa sem o fortalecimento das forças revolucionária custará vidas agora e no futuro! A próxima crise do capitalismo está esperando por nós. Cada honesto trabalhador e revolucionário compreende isto, nós não desejamos construir um clube de discussão, mas uma organização revolucionária de combate internacional AGORA. Nós pedimos a vocês que tenham essa tarefa como séria, assim como nós o fazemos. Este é o único caminho saudável fora do pântano do federalismo na construção do partido internacional e do ultra-esquerdismo neo-bordegista no campo da política.

 

Saudações revolucionárias,

Secretariado Internacional do RCIT

 

Notas de rodapé:

 

(1) LCC: Reply to RCIT on Permanent Revolution, Bourgeois Democracy and Social Imperialism, 13 June 2015, http://redrave.blogspot.co.nz/2015/06/reply-to-rcit-on-permanent-revolution.html

(2) Veja as cartas do RCIT sobre esse assunto: Letter on Liaison Committee proposal, 10.10.2011; For an international Bolshevik organization! The London Bureau type concept of a federation of national groups is no way forward! Letter to CWG(A/NZ), 28.7.2012.

(3) Para as análises do RCIT, as táticas e a solidariedade prática veja:

RKOB: Egypt: Hundreds Rally in Vienna to Protest the Death Sentences against Former President Morsi and Other Political Prisoners. Report (with Photos and Videos) from a Rally in Vienna in Solidarity with the Resistance in Egypt on 22 May 2015, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/austria-egypt-rally-22-5-2015/

RCIT: Egypt: Military Dictatorship Sentences Former President Morsi to Death! Down with the Butcher General al-Sisi! For a Revolutionary Constitutional Assembly! 17.5.2015, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-morsi-death-sentence/

http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/egypt-morsi-death-sentence/ (PORTUGUÊS)

RKOB: Egypt: Down with the Military Dictatorship of al-Sisi! Report (with Photos and Videos) from a Rally in Solidarity with the Resistance in Egypt on 01.03.2015, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/report-egypt-demo-1-3-2015/

Nina Gunić: Military Dictatorship in Egypt: Report (with Photos & Video) on the Solidarity Demonstration on 25.1.2015 in Vienna, 29.01.2015, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/report-egypt-demo-25-1-2015/

RCIT: General Sisi – The Butcher of the Egyptian People – Sentences another 683 People to Death, 1.5.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-mass-death-sentences/

RKOB: Egypt: Report with Videos from Demonstration in Austria against the Military Dictatorship on 20 April, 22.4.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-solidarity-demo-in-austria-20-4-2014/

RCIT: Egypt: Mobilize International Solidarity against General Sisi’s Machinery of Repression! 28.3.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/stop-repression-in-egypt/

RKOB: Austria: Solidarity with the Resistance against the Military Dictatorship in Egypt! Report (with photos and video clips) of a rally on 25January to commemorate the third anniversary of the revolution in Egypt, 26.1.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/solidarity-rally-for-egypt/

RCIT: Egypt: Down with General Sisi’s pro-Army Constitution! Boycott the Referendum!, 12.1.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/boycott-egypt-referendum/

RCIT: Tasks of the Revolution in Egypt, July 2, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/tasks-of-egypt-revolution/

RCIT: Egypt: Down with the Military Coup d’État! Prepare Mass Resistance! July 8, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-down-with-military-coup-d-etat/

Yossi Schwartz: Egypt: The U.S. Support for the Military Coup and the Left’s ignorance Notes on the role of US imperialism in the military’s coup d'état and the failure of the Egypt left, July 11, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-us-support-for-military-coup/

Michael Pröbsting: The Military’s Coup d'État in Egypt: Assessment and Tactics. A reply to the criticism of the WIVP and the LCC on the meaning of the Military’s Coup d'État and the slogan of the Revolutionary Constituent Assembly, 17.7.2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-meaning-of-coup-d-etat/

Yossi Schwartz: Egypt: Mobilize Resistance against the reactionary military regime! Down with the army’s puppet-government! No political support for Morsi and the Muslim brotherhood! For independent working class mobilization with a revolutionary perspective! 27.7.2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-no-to-military-regime/

Michael Pröbsting: The Coup d'État in Egypt and the Bankruptcy of the Left’s “Army Socialism”. A Balance Sheet of the coup and another Reply to our Critics (LCC, WIVP, SF/LCFI), 8.8.2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-and-left-army-socialism/

RCIT: Egypt: Appeal for solidarity after steel workers arrested by army, Aug 13, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-solidarity-with-steel-workers/

RCIT: Egypt: International Solidarity against the Army Crackdown! August 14, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-international-solidarity/

Nina Gunić: Austria: Solidarity Demonstration in Vienna against the military dictatorship in Egypt. Down with Al-Sisi! Long live international solidarity! Report on the demonstration in Vienna against the military dictatorship in Egypt, Aug 18, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-solidarity-demo-in-austria/

Yossi Schwartz: Israel and the Coup in Egypt. Israel’s primary concerns regarding Egypt are the possible fall of the military regime or a descent into civil war, Aug 21, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/israel-and-egypt-coup/

Nina Gunić: Egypt: Solidarity Rally in Austria – Workers and oppressed unite! Down, Down, Down with Sisi! Freedom, Freedom for Egypt! Report from a Rally in Austria in Solidarity with the Resistance in Egypt, Aug 25, 2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/egypt-solidarity-rally-in-austria/

(4) Letter from LCC on Military Coup in Egypt, 23.7.2013, http://cwgusa.wordpress.com/2013/07/23/egypt-debate-lcc-respondsto-rcit/

(5) Para analises e táticas do RCIT veja:

RCIT: Thailand: Smash the Developing Military Coup! No Trust in the pro-Thaksin Pheu Thai PartyLeadership! Mobilize the Working Class and Poor Peasants to Defeat the “Yellow Shirts”, Army Command, and Monarchy! 21.5.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/asia/thailand-coup/

Michael Pröbsting: Thailand: How Should Socialists Fight Against the Military Coup? A Critique of the Statement “Oppose the coup regime!” by several Asian Left Organizations, 27.5.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/asia/thailand-coup-critique/

Michael Pröbsting: Thailand: Shall Socialists Defend the Government Against the Military Coup? Reply to a Neo-Bordigist Polemic of the “Liaison Committee of Communists”, 24.5.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/asia/thailand-coup-reply/

Thailand: Defeat the looming reactionary Coup D’état! Mobilize the Working Class and Poor Peasants as an independent force against the “Yellow Shirts”, Army Command and Monarchy! 4.12.2013, http://www.thecommunists.net/worldwide/asia/thailand-looming-coup-d-%C3%A9tat/

Michael Pröbsting: Thailand: CWI’s Disgraceful Support for the Bosses’ “Yellow Shirts”, RCIT, 15.1.2014, http://www.thecommunists.net/worldwide/asia/cwi-on-thailand/

(6) Leon Trotsky: What Next? Vital Questions for the German Proletariat (January 1932), http://marxists.org/archive/trotsky/germany/1932-ger/index.htm (Our emphasis)

(7) Leon Trotsky: Is Victory Possible in Spain? (1937), in: Leon Trotsky: The Spanish Revolution (1931-39), Pathfinder Press, New York 1973, p. 257 (Our emphasis)