Declaração da Corrente Comunista Revolucionária-CCR, seção brasileira da CCRI/RCIT, 01 de junho de 2021, https://elmundosocialista.blogspot.com
Foram massivas as mobilizações que aconteceram neste último sábado, 29 de maio, com mais de 200 manifestações realizadas espalhadas pelas capitais dos estados e cidades em todo o Brasil e também no exterior. O número de manifestantes foi muito maior do que o esperado.
Como de costume, o maior ato ocorreu na Av. Paulista, na cidade de São Paulo, calcula-se em pelo menos 100 mil pessoas. Imagens áreas mostraram que o ato ocupou quase o total dos 3 km da Avenida Paulista. Em outras importantes cidades, como Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, as manifestações também tiveram grande presença.
A posição da Corrente Comunista Revolucionária
Ficou evidentemente correta a nossa posição, desde o início da pandemia Covid-19, enquanto Corrente Comunista Revolucionária, seção brasileira da CCRI/RCIT, da urgente necessidade das lutas nas ruas em contraposição à política oficial do “fique em casa” por parte dos grandes partidos legalizados de esquerda( exceção foi o PCO). Aliás, o que chamou a atenção foi a massiva presença dos jovens nesse histórico 29 de maio e ao mesmo tempo a significativa ausência, pelo menos em larga escala, dos grandes partidos de Esquerda enquanto organizações, sendo representados nesse 29 de maio mais pelo setor das federações sindicais (CUT, CGT, CTB, INTERSINDICAL, etc.). O ponto de virada para chegarmos com sucesso ao 29 de Maio foi grande manifestação em que participamos junto com outras correntes na manifestação em São Paulo pela celebração do dia do Trabalhador em 01 de Maio. Naquele dia já estava claro que havia uma enorme vontade de mobilização presencial que estava contida pelas direções dos movimentos de massa e que ao se libertar se mostrou gigantesca neste último sábado.
Não podemos perder mais tempo com ilusões eleitorais apontando para 2022. Precisamos fortalecer as lutas nas ruas agora. Pressionar os grandes partidos de Esquerda a uma grande mobilização efetivamente nas ruas para derrubar o regime bonapartista de Bolsonaro/Mourão e suas medidas econômicas neoliberais. Nos último meses ficou claro que pior vírus que o povo Brasileiro enfrenta hoje chama-se esse arqui-reacionário governo Bolsonaro/Mourão.
* Derrotar a extrema direita neofascista e a direita tradicional nas ruas!
* Nenhuma ilusão no campo eleitoral visando 2022! Abaixo a Frente Ampla com os tradicionais partidos de direita!
* Revogar todas as medidas econômicas neoliberais, tais como a Reforma da Previdência, a reformas trabalhista, as privatizações passadas e futuras, e principalmente a reforma administrativa!
* Não a qualquer intervenção das Forças Armadas!
* Tributar as grandes fortunas. Que os ricos paguem pela crise!
* Vacina para todos os que as desejarem voluntariamente!
* Pelo fim das polícias militares e da violência Policial!
* Criar Unidades de autodefesa e as milícias populares nos bairros e nos locais de trabalho!
* Fora o governo Bolsonaro/ Mourão!
Statement of Corrente Comunista Revolucionária (Brazilian section of RCIT), 31 May 2021, http://elmundosocialista.blogspot.com/
Brazil experienced impressive mass mobilizations against the Bolsonaro government on Saturday, 29 May. More than 200 demonstrations were held in numerous cities in the whole country and also abroad. The number of demonstrators was larger than most observers expected.
As usual, the biggest demonstration took place at Av. Paulista, in the city of São Paulo with about 100,000 people. Aerial images showed that the event occupied almost the total of 3 km of Avenida Paulista, the heart of the Brazilian financial system. In other important cities, such as Rio de Janeiro, Brasilia, Porto Alegre, Curitiba, the demonstrations were also very large.
Corrente Comunista Revolucionária (Brazilian section of the CCRI / RCIT) has emphasized since the beginning of the Covid-19 crisis that it is urgently necessary to organize a fightback against the government on the streets. We denounced the official policy of the larger left-wing parties which (with the exception of the PCO) called people to “stay at home” because of the pandemic.
Two things were particularly remarkable about these mobilizations on 29 May. First, there was a massive presence of youth among the demonstrators. Second, there was a relatively small presence the larger left-wing parties. Those who were present mostly marched within the contingents of the different trade union federations (CUT, CGT, CTB, INTERSINDICAL, etc.).
The turning point for the successfully mobilization on 29 May was the great demonstration in São Paulo on May Day several weeks ago. When we marched on that day we could already see the strong desire of people to have face-to-face mobilization on the streets which were suppressed for such a long time by the bureaucratic leaderships of the left-wing parties.
We cannot waste any more time on electoral illusions waiting for the presidential elections in 2022. We need to strengthen the struggles on the streets now. The rank-and-files must pressure the large left-wing parties to effectively mobilize in the streets to overthrow the Bolsonaro/Mourão bonapartist regime and its neoliberal economic program. In the last few months, it has become clear that the worst virus that the Brazilian people face today is this arch-reactionary Bolsonaro / Mourão government!
* Down with Bolsonaro/Mourão government!
* Defeat the neo-fascist extreme right groups and the traditional right in the streets!
* No illusion in the electoral field for 2022! Down with the electoral “Frente Ampla” with the traditional right-wing parties!
* Repeal all neoliberal economic measures, such as Pension Reform, labor reform, past and future privatizations, and especially the administrative reform.
* No to any intervention by the Armed Forces.
* Make the rich pay for the crisis!
* Free access to vaccination on a voluntary basis!
* No more military police and police violence!
* Create self-defense units and popular militias in neighborhoods and workplaces!
Por Corriente Comunista Revolucionaria (Brasil, sección de la RCIT), el junio 02, 2021
Las movilizaciones que tuvieron lugar el pasado sábado 29 de mayo fueron masivas, con más de 200 manifestaciones realizadas en capitales de estado y ciudades de Brasil y el exterior. El número de manifestantes fue mucho mayor de lo esperado.
Como es habitual, el evento más importante tuvo lugar en la Av. Paulista, en la ciudad de São Paulo, estimó al menos 100.000 personas. Las imágenes del área mostraron que el acto ocupó casi la totalidad de los 3 km de la Avenida Paulista. En otras ciudades importantes, como Río de Janeiro, Brasilia, Porto Alegre, Curitiba, las manifestaciones también estuvieron muy presentes.
La posición de la corriente comunista revolucionaria
Evidentemente fue correcta nuestra posición, desde el inicio de la pandemia Covid-19, como Corriente Comunista Revolucionaria, sección brasileña del CCRI / RCIT, de la urgente necesidad de peleas callejeras en oposición a la política oficial de “quedarse en casa” de los grandes partidos de izquierda legalizados (la excepción fue el PCO). De hecho, lo que llamó la atención fue la presencia masiva de jóvenes en este histórico 29 de mayo y al mismo tiempo la ausencia significativa, al menos a gran escala, de los grandes partidos de izquierda como organizaciones, siendo representados el 29 de mayo más por el sector de las federaciones sindicales.
El punto de inflexión para llegar con éxito al 29 de mayo fue una gran manifestación en la que participamos junto con otras corrientes en la manifestación en São Paulo por la celebración del Día del Trabajador el 1 de mayo. Ese día, ya estaba claro que había un enorme deseo de movilización cara a cara que contenía la dirección de los movimientos de masas y que, al ser liberados, resultó gigantesco este último sábado.
No podemos perder más tiempo con ilusiones electorales apuntando al 2022. Necesitamos fortalecer las luchas callejeras ahora. Presionar a los grandes partidos de izquierda para que se movilicen efectivamente en las calles para derrocar al régimen bonapartista y sus medidas económicas neoliberales. En los últimos meses ha quedado claro que el peor virus que enfrenta hoy el pueblo brasileño se llama este gobierno archi-reaccionario de Bolsonaro y Mourão.