Declaração da Corrente Comunista Revolucionária (Seção brasileira da Corrente Comunista Revolucionária Internacional), 08 de fevereiro de 2019, https://elmundosocialista.blogspot.com/
Os servidores municipais de São Paulo decidiram em assembleia ontem, 07 de fevereiro, pela continuidade da greve que começou no primeiro dia do ano letivo de 2019, contra a reforma da previdência da prefeitura de Bruno Covas (PSDB). A assembleia contou com mais de 50.000 trabalhadores presentes.
A reforma, conhecida como Sampaprev, prevê o aumento de 11% para 14% da alíquota do cobrada dos servidores para fins de contribuição previdenciária, o que significa a diminuição em 3% do salário dos trabalhadores.
Há mais de dez anos, com exceção dos educadores, o resto dos funcionários públicos municipais recebem um aumento salarial ridículo, irrisório, de apenas 0,01 por cento e agora com a Lei 17.020/18, aprovada pela maioria conservadora da Câmara Municipal são confiscados mais 3% ( ou seja ,14%, no total) do salário dos servidores, o que equivale a 11 dias de trabalho por ano sem receber. Acrescente-se a isso o desconto de Imposto de Renda e muito provavelmente alguns funcionário terão um desconto de quase metade dos seus salários configurando um verdadeiro confisco salarial.
O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) e o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Simpeem) e mais 30 sindicatos realizarão nova assembleia e manifestação na próxima quarta-feira (13), novamente em frente à Prefeitura. É preciso radicalizar a greve. Todos os servidores municipais devem paralisar suas atividades, ocupar os locais de trabalho, escolas, etc., sair às ruas e exigir a imediata revogação da Lei, o aumento salarial e o fim do confisco do salário, além do fim das políticas levadas pelo direitista prefeito Covas e pelo ultra reacionário presidente Bolsonaro.
O prefeito de São Paulo, da mesma forma que o golpista ex-presidente Temer e o agora ultra reacionário presidente Bolsonaro, alega ser necessário fazer a reforma da previdência para "equacionar um rombo". No entanto, assim como o presidente Bolsonaro está tentando fazer ,a solução encontrada por Covas é punir os servidores públicos e os trabalhadores em geral em vez enfrentar o debate apresentado pelos partidos de esquerda no sentido de cobrar as empresas que devem bilhões à previdência e eliminar os enormes subsídios aos grandes empresários e latifundiários.
A luta dos servidores de São Paulo se soma à necessidade da luta nacional contra a reforma da previdência de Bolsonaro, que quer acabar com a previdência pública e solidária, introduzindo o regime de capitalização individual, o qual já se provou um desastre no Chile.
* Abaixo a reforma da previdência de Bolsonaro em ãmbito federal e a de Bruno Covas em âmbito municipal
* Convocar as assembleias populares nos sindicatos, nos locais de trabalho e bairros!
* Formar uma Frente Única contra as reformas da previdência!
* Combater a Reforma Trabalhista e eliminar com a terceirização!
* Construir a greve geral política para derrubar esses governos!